Primeiro encontro do Curso de Extensão: “Psicologia, Interseccionalidade e Contextos Educativos”

19/08/2020 11:35

Iniciamos em 18 de agosto o curso de extensão “Psicologia, interseccionalidade e contextos educativos”.

Este curso visa aquecer e preparar a equipe do LAPEE para elaboração e oferta, em 2021, do Curso Formação Continuada “Psicologia Escolar e Educacional na Contemporaneidade”, que terá como público alvo Psicólogos/as que atuam em contexto educativos e de escolarização em Santa Catarina.

O tema debatido no primeiro encontro foi “Epistemologia feminista negra e interseccionalidade” com a palestrante convidada a professora Dra. Halina Leal.

Esta atividade está vinculada ao Projeto de Extensão “Formação continuada: atuação da psicologia em contextos educativos e de escolarização”.

Livro: “Vigotsky no Ensino Superior: concepção e práticas de inclusão”

11/08/2020 11:07

A dica dessa quinzena é o livro “Vigotski no Ensino Superior: concepção e práticas de inclusão”, organizado por Paula Maria Ferreira de Faria, Denise de Camargo e Ana Carolina Lopes Venâncio e publicado pela Editora Fi. São 10 capítulos que discutem várias facetas do Ensino Superior utilizando a Psicologia Histórico-Cultural como escopo teórico. O acesso ao livro online é liberado (open acess) e pode ser feito pelo link: https://www.editorafi.org/731vigotski

Pandemia, alteridade e educação

03/08/2020 21:05

Pandemia, alteridade e educação

Apoliana Regina Groff

Ofereço neste breve ensaio, sentipensares de um corpo docente pandêmico. Um corpo que possui privilégios que possibilitam certo distanciamento do encontro com o vírus, mas que não está imune aos efeitos e aos afetos provocados pela pandemia. Você poderia perguntar: mas alguém está imune? Estar imune significa, nesta escrita, possuir um corpo com mecanismos de defesa aos impactos coletivos da pandemia; um corpo que não é atingido ou afetado, apesar de estar dentro dela. Um corpo imune, é um corpo ensimesmado, não alterado em suas formas de sentir, pensar e agir mesmo diante de uma situação nunca vivenciada. Um corpo que toca a vida como se as mais de 90 mil mortes não estivessem aí, pois seu corpo e condição de vida, são usadas como referenciais para olhar a existência coletiva. Com isso, se torna um corpo alheio ao outro e ao que tem acontecido para além de sua bolha. Deste modo, sem o encontro com os afetos da morte-vida pandêmica, muitos corpos tem se tornado imunes a ela.

Mas é possível um corpo estar imune ao que está acontecendo em nosso país? Nos termos acima, sinto que sim e não se trata de uma ficção episódica da série “Black Mirror”. Trata-se de corpos que vivem ao nosso lado, perto ou distantes, (des)conhecidos, mas que de forma forte ou tímida, expressam sua imunização. Por isso, sinto que existem sim muitos corpos imunes a pandemia. Não ao vírus, mas ao que a pandemia tem escancarado e produzido. Mas falo aqui de corpos que há muito mais tempo já são imunes e blindados às mazelas da pobreza, às dores das opressões e violências que afetam dia após dia milhares de corpos em nosso país. Corpos imunes, corpos intactos cuja segurança de elite os possibilita observar a pandemia apenas como uma situação momentânea de incerteza econômica, preocupação com a própria saúde ou mesmo como uma oportunidade.

No entanto, em nosso país, a insegurança diante da vida não é uma história de exceção iniciada com a pandemia. Para os corpos marcados pelas desigualdades e opressões de classe, gênero e raça, o que existe é uma vida inteira de inseguranças: desemprego, baixa renda, falta de acesso a saúde, violência doméstica, desesperança e medo. Para estes corpos, já brutalmente violentados e negados em seus direitos, a morte tem chegado em elevados números na pandemia, mas também antes dela quando falamos de corpos jovens negros. Mortes anunciadas, antes e durante a pandemia!

A imunidade aos efeitos coletivos da pandemia, neste sentido, é fortalecida com doses diárias de racismo, negacionismo e obscurantismo, permitindo que milhares de corpos e suas histórias, sejam apenas estatísticas no gráfico da morte; corpos sem nome apagados da história de um país já sem memória. Estas imunidades ou privilégios estruturais, permitem a determinados corpos permanecerem intactos as opressões, violências e a própria pandemia e a aceitarem que em um país desigual como o nosso seja possível cada qual cuidar de si, desde que o “deus capital esteja acima de tudo” – sem que isto não seja considerado uma política de morte. Corpos imunes tomam para si de forma inquestionável a palavra de ordem “fique em casa”. Um tipo de enunciado que lança para cada um(a) individualmente a responsabilidade pelo seu distanciamento do vírus. Corpos imunes a pandemia abraçam esta regra de isolamento na certeza de que sua parte estão fazendo. O que é também correto e necessário. Contudo, o cuidado de si individualista, tem distanciado estes corpos não só do vírus, mas também os tornado imunes e insensíveis a pandemia. Estamos diante da tentativa de instituir a gestão da “nova normalidade”. Ordem e progresso tem caminhado de mãos dadas com as supostas oportunidades geradas pela pandemia. Oportunidade + criatividade + esforço, enquanto tratamos de conviver com mais de mil mortes diárias, mais de 90 mil mortes em cinco meses. Alguns dizem: pessoas morrem todos os dias. Verdade. Mas em um país brutalmente desigual, quantas mortes, não só as por covid, poderiam ser evitadas?

Dia a dia diferentes instituições, entre elas as educativas, tem buscado formas de configurar uma “nova normalidade”. Já se passaram cinco meses, precisamos fazer alguma coisa, dizem. Uma volta a segurança que tinham e que é perspectivada, sobretudo, pelos corpos que possuem trabalho com boa remuneração, acesso à educação pública ou paga, moradia e boa alimentação. Algo precisa ser feito, reorganizado, não podemos parar a vida, ouço. Cinco, sete, oito meses parece muito quando se está vivo. Tempo de espera demasiado para os corpos que veem a vida como algo que deve caminhar para frente, pois a permanência em estado de espera produz desconforto, instabilidade, sensação de improdutividade e de dívida com o mundo do trabalho e dos estudos. “Não pense na pandemia, trabalhe e estude” – um déjà vu de muito mau gosto para os corpos não imunizados.

Uma pergunta tem ecoado: sairemos melhores desta pandemia? Esta pergunta coloca este corpo docente a pensar que se trata de uma pergunta atrelada à respostas que a educação poderia dar. Por este motivo, talvez a questão certeira seria: o que temos aprendido com a pandemia? Quais aprendizagens se vinculam às experiências da alteridade?

Para um corpo não imune, não é possível cuidar de si sem cuidar do outro e do mundo que vivemos. A questão é: conseguiremos encontrar, em algum momento desta pandemia, um sentido ético do cuidar coletivo similar ao já aprendido com a luta feminista quando gritam “nenhuma a menos”? Qual o papel da educação na construção desta ética do cuidado? Encontraremos um sentido para continuar ensinando e aprendendo durante a pandemia? Se encontrarmos este sentido e responsabilidade coletiva, talvez possamos sair um pouco melhores desta situação. Porém, não só a pandemia, mas também o pandemônio propiciado pelo sistema capitalista, racista e sexista, precisa ser igualmente enfrentado. E este corpo docente deseja profundamente que possamos criar uma potência intelectual, afetiva e política que nos permita aprender juntos(as) a ética de um cuidar de si e do mundo que confronte a barbárie produzida por doenças sociais e políticas que tem tirado o ar e a vida de milhares em nosso país há pelo menos quinhentos anos, e ainda neste exato momento!

Por que surgiu o Lapee?

20/07/2020 09:54

 

Por que surgiu o Lapee?

Leandro Castro Oltramari

O Laboratório de Psicologia Escolar e Educacional (LAPEE) surgiu dos anseios da professora Denise Cord e do professor Adriano Henrique Nuernberg, que haviam participado do LAESP, Laboratório de Educação e Saúde Popular, um histórico laboratório que foi muito importante para o Departamento e que findou nos idos de 1997. Essa professora e esse professor, juntamente com outros professores, pensaram na fundação do LAPEE, como um laboratório para contribuir na formação dos estudantes de Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina, principalmente para ser um suporte àqueles estudantes que escolheriam a ênfase de Psicologia Escolar e Educacional, articulando assim ensino, pesquisa e extensão. Além disso, viram esse momento como fundamental para a criação de um laboratório específico para a discussão da Psicologia Escolar e Educacional e sua relação com os processos de escolarização e educativos de maneira ampla. Assim, surge, em quarenta anos de Departamento de Psicologia, um laboratório especificamente para esse fim.

Forma-se o LAPEE. À medida que os professores recém-ingressantes da Ênfase Escolar e Educacional entravam no Departamento, organicamente foi-se estruturando o laboratório. Hoje ele não está restrito apenas ao Departamento de Psicologia. Temos professores do Departamento de Educação, técnicos da UFSC, assim como professores de outras universidades. Contamos com a participação de estudantes em nível de graduação e também pós-graduação. Com isso constituímos as discussões de maneira ampliada sobre a Educação e a relação com a Psicologia, abordando desde assuntos atrelados aos processos de escolarização, aprendizagem e desenvolvimento, até debates sobre os processos educativos fora do espaço escolar.

Mas com essa diversidade de interesses e pesquisadores, o que faz o laboratório ter um corpo coeso, em suas pesquisas e projetos? Apesar da diversidade do campo de estudo e mesmo intervenção, existe neste laboratório um comprometimento ético-político com suas pautas que é sua grande bússola.

Os pesquisadores e participantes do LAPEE partem de vários princípios, sendo o primeiro deles a defesa da educação pública, gratuita e de qualidade. Parte de premissas hoje tão castigadas pelos discursos de senso comum, como direitos humanos, o antirracismo, o anticapacitismo e a igualdade de gênero. Debate a importância dos espaços públicos como espaços educativos e da cultura como um bem que deve ser acessível a todos.

Além disso, defende a cultura de grupos considerados “minoritários”, fora daquilo que se considera “convencional” e defende esses processos culturais como dignos e importantes de serem estudados, compreendidos e valorizados. Entende e compreende as mídias como fontes importantes de educação e de constituição das subjetividades e que, por isso, merecem ser cuidadosamente estudadas em sua relação com a educação, mas não tomadas como a “panaceia” revolucionária que vai nos redimir de todos os males da educação, como muitas vezes a designam.

Defende a formação de professores como um campo fundamental de ocupação dos conhecimentos psicológicos, como uma ferramenta que dê voz à potência dos sujeitos que aprendem e que possibilite sucesso e não fracasso escolar. Que esta psicologia não fundamente as estereotipias causadas por um psicologismo que “despotencializa”, reduz e traz ainda mais sofrimento e desalento às camadas mais vulneráveis da população.

Temos por premissa, independentemente de nossas abordagens teóricas, pois são várias, um compromisso. O compromisso que temos, por sermos de um laboratório em uma universidade pública, é de produzirmos conhecimento comprometido com os princípios éticos e científicos da nossa ciência, a Psicologia. Mas, como falamos, não “qualquer” psicologia. Uma Psicologia maiúscula, crítica, que busque uma nova utopia, no sentido de perspectiva futura a tudo aquilo que já fez, propôs ou está propondo. Defendemos principalmente as ações que não tenham o “Sujeito” como um complemento, mas como o substantivo maior de nossas ações, e que essas sejam o motor necessário para a transformação do que desejamos.

Em tempos de “terraplanismos” das mais variadas ordens, sejam elas geográficas, jurídicas ou mesmo psicológicas, o LAPEE se coloca como uma voz corrente na defesa daquilo que acreditamos, dos fundamentos pelos quais lutamos e dissonante das posições totalitárias, antidemocráticas e não-científicas às quais nos contrapomos.

Defendemos que os conhecimentos deste laboratório tão diverso, mas tão comprometido com suas pautas e lutas, revelem quem somos, não apenas por nossas publicações e currículos, burocracias necessárias e pertinentes ao mundo acadêmico. Mas que revelem quem somos por nossas ações de envolvimento e comprometimento com as pautas que elegemos como prioridade pelo coletivo de nosso laboratório, sem esquecermos nunca que “Somos quem podemos ser, sonhos que podemos ter”, como recita Humberto Gessinger numa canção. Avante!

 

E-book: Arte e cidade, memória e experiência

16/06/2020 11:31

Publicação do E-book “Arte e cidade, memória e experiência”, com a participação de pesquisadores e professores do LAPEE!

Link para baixar o livro: “Arte e cidade, memória e experiência

Capítulo 8: “Fábio Morais e seu Formulário: arte e constituição de subjetividade na contemporaneidade” – Juliana Silva Lopes

Capítulo 14: “Museus Etnográficos Italianos: registros de memórias excluídas da história” – Neiva de Assis

Reunião de Transição de Coordenação do LAPEE

05/06/2020 14:56

No dia 05/06 foi realizado uma reunião com pauta referente a transição da coordenação do LAPEE. Foram discutidas algumas novidades e compartilhamentos de sugestões com o objetivo de tornar o Laboratório conhecido na área de Psicologia Escolar e Educacional no Brasil (e no mundo), por meio, principalmente, das redes sociais. Fiquem ligados!

 

 

PSICOLOGIA ANTIRRACISTA E ANTIFASCISTA

03/06/2020 10:35

Autoria: Paula Campos (Estudante Psicologia/UFSC)

Desenho: Amanda Albuquerque (Estudante Psicologia/UFSC)

Instagram

Quando eu tinha todos os motivos para odiar, detestar, rejeitavam-me? Quando então eu devia ser adulado, solicitado, recusavam qualquer reconhecimento? Desde que era impossível livrar-me de um ‘complexo inato’, decidi me afirmar como Negro. Uma vez que o outro hesitava em me reconhecer, só havia uma solução: fazer-me conhecer.

Frantz Fanon

Nós, integrantes do Laboratório de Psicologia Escolar e Educacional (LAPEE) da UFSC, nos posicionamos a favor das manifestações de caráter antirracistas e antifascistas que estão ocorrendo nos EUA e no Brasil. Somos contra o racismo, o abuso policial e as mortes violentas do povo negro. A Psicologia não pode se omitir perante os crimes de racismo, discursos totalitários e ataques contra a democracia. Defendemos uma atuação em concordância com a Resolução CFP nº 018/2002:

Art. 1º – Os psicólogos atuarão segundo os princípios éticos da profissão contribuindo com o seu conhecimento para uma reflexão sobre o preconceito e para a eliminação do racismo. Art. 2º – Os psicólogos não exercerão qualquer ação que favoreça a discriminação ou preconceito de raça ou etnia.

Art. 3º – Os psicólogos, no exercício profissional, não serão coniventes e nem se omitirão perante o crime do racismo.

Art. 4º – Os psicólogos não se utilizarão de instrumentos ou técnicas psicológicas para criar, manter ou reforçar preconceitos, estigmas, estereótipos ou discriminação racial.

Art. 5º – Os psicólogos não colaborarão com eventos ou serviços que sejam de natureza discriminatória ou contribuam para o desenvolvimento de culturas institucionais discriminatórias.

Art. 6º – Os psicólogos não se pronunciarão nem participarão de pronunciamentos públicos nos meios de comunicação de massa de modo a reforçar o preconceito racial.

Nos comprometemos com uma perspectiva ética, política e pedagógica de formação em psicologia afirmadora da vida e de enfrentamento aos preconceitos, discriminações e a desigualdade social e étnico-racial.

Acesse materiais sobre psicologia e relações étnico-raciais: https://relacoesraciais.cfp.org.br/

Conheça a Articulação Nacional de Psicólogas(os) Negras(os) e Pesquisadoras(es) das Relações Raciais e Subjetividades (II PSINEP): https://anpsinep.cfp.org.br/

Conheça a Rede de Articulação Psicologia e Povos da Terra – Santa Catarina: https://psicologiaepovosdaterrasc.wordpress.com/

Curso de Extensão: Psicologia Escolar e Educacional na Contemporaneidade

27/05/2020 13:48

No dia 20 de maio, a equipe do Projeto “Formação continuada: atuação da psicologia em contextos educativos e de escolarização”, responsável pela elaboração do Curso de Extensão: Psicologia escolar e educacional na contemporaneidade, esteve reunida para dialogar sobre a proposta pedagógica e o funcionamento do curso, bem como para avaliar as condições da oferta desta proposta formativa em meio a difícil situação que temos vivido pela pandemia da Covid-19.

Mesmo se tratando de um Curso de Extensão que será ofertado na modalidade à distância, sabemos que os contextos educativos e de escolarização estão com as atividades presenciais suspensas por tempo indeterminado em Santa Catarina. Este curso terá como estratégia teórico-metodológica o desenvolvimento de estudos de caso fundamentados na articulação entre a epistemologia interseccional e a psicologia escolar/educacional crítica. Assim, as/os psicólogas/os participantes do curso precisarão estar em serviço para realizarem os estudos necessários, o diálogo com as equipes com as quais trabalham, com estudantes, famílias e profissionais de políticas intersetoriais.

Mesmo com o retorno das atividades presenciais ainda este ano nos espaços educativos, haverá uma sobrecarga de demandas decorrentes do período da pandemia. Também sabemos que nem todas as pessoas possuem acesso adequado a internet e a computador em casa e, em se tratando de uma maioria de psicólogas mulheres – em SC somos 88% psicólogas -, muitas estarão tendo jornadas triplas em casa, conciliando o trabalho remoto, atividades domésticas, cuidado com filhos/as e outras pessoas.

A Covid-19 afetará a todos de forma direta ou indireta, sendo que muitas pessoas estarão nos próximos meses vivendo processos de luto ligado a familiares, pessoas próximas e mesmo aos contextos educativos onde atuam (familiares de crianças e adolescentes; profissionais da educação). Além disso, consideramos fundamental incluir na proposta do Curso de Extensão debates que possam abarcar os efeitos da pandemia nas relações de trabalho da/o psicóloga/o, nos processos de ensinar e aprender, nas políticas de educação e no uso de tecnologias e mídias digitais nas instituições educativas.  

Por estes motivos, decidimos ofertar o Curso de Extensão somente em 2021. Assim, a equipe do projeto se dedicará até o final deste ano à elaboração dos materiais didáticos dos módulos temáticos, à preparação do espaço virtual de ensino-aprendizagem e à formação da equipe do projeto. 

Sabemos das expectativas das/os psicólogas/os em relação a este Curso de Extensão, pois esta é uma área com poucas oportunidades formativas gratuitas para profissionais em serviço. Acompanhem as postagens do LaPEE, pois daremos notícias ainda este ano sobre como fazer a pré-inscrição no Curso de Extensão e quais serão os critérios de seleção e classificação das/os interessados/as. 

 

Tags: covidpandemiapsicologia escolar